O Bruxismo é uma condição frequente na população e, neste período de pandemia, se tornou um assunto em evidência!
Ele é classificado em 2 tipos: o bruxismo do sono (BS) e o bruxismo de vigília ( BV)
Ambos são regulados principalmente pelo Sistema Nervoso Central, não pelo Sistema Nervoso Periférico, ou seja, não é causado por fatores anatômicos como tipo de oclusão e articulação temporomandibular, como se pensou durante muitos anos.
Além disso, ele pode ocorrer sem a presença necessária de contato dentário, sendo somente por tensão dos músculos mastigatório.
(Ficar com os lábios contraídos ou mordiscá-los repetidamente, por exemplo, é considerado bruxismo, sabia?)
Sua etiologia é multifatorial e envolve aspectos genéticos e ambientais.
Os aspectos genéticos são conhecidos como fatores primários.
Já os ambientais, como secundários, e estão relacionados à condições sistêmicas do organismo.
No BS as condições associadas mais comuns são: obstrução das vias aéreas, apneia obstrutiva do sono, refluxo gastroesofágico e efeito colateral de algumas medicações como os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina.
Já no BV parece estar associado aos fatores psicossociais, muito mais que o BS, como: nervosismo, estresse, ansiedade e atividades que exijam concentração.
O Bruxismo não é considerado uma DTM (Disfunção Tempomandibular), porém atividades musculares excessivas podem levar a uma sobrecarga na articulação temporomandibular, impactando negativamente o sistema estomatognático. O Bruxismo causa dor passageira, se a dor persiste, pode ser DTM.
Porém o BV é um fator de risco significativo para a ocorrência de DTM, pois ele é 6 vezes mais frequente que o BS .
Fonte: Journal Oral Rehabilitation ( International consensus on the assessment of bruxism: Report of a work in progress)